" a cena repete, a cena se inverte, enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar" (...)
E as coisas terminam da mesma forma como começaram: imoderadas. Porque os ensejos simplesmente, se esvaíram e as quedas agora se dão por meio de sonhos que se findam em si mesmos, avulsos e iminentes. Invertendo papéis.
O mesmo consumo que antes me fazia querer fugir, hoje é também impulso para continuar insistindo. Insistindo em continuar a desistir. Desistir das perdas pela metade, das escusas e dos planos temporários. É como se não dar o beliscão que interromperia o pesadelo fosse o que ainda lhe permite continuar respirando debaixo d’água, entende? Porque de uma forma ou de outra, embora muito pouco tenha saído do lugar, muita coisa mudou. Quem não se lembra de mim? A mentirosa auto-suficiente que pesava cem quilos de grilo e medo e vivia fugindo de si e dos outros para tentar de alguma maneira, abdicar tudo o que eu já não podia mais controlar e que com um certo esforço contrário acabava se fundindo no tempo e consequentemente me corroendo por dentro. E você, a presunção em pessoa que se dividia em pedaços pra corrigir as nossas tentativas mal feitas que usávamos como escudos numa guerra de trincheiras contra nós mesmos, fazendo da dor suprema ousadia em hora extra, simulando fantasias que escorregavam, garis da decadência.
E ainda que seja difícil para ti entender, eu não quero alguém que me complete. Eu quero alguém que seja a minha própria continuação. Do avesso.
E as coisas terminam da mesma forma como começaram: imoderadas. Porque os ensejos simplesmente, se esvaíram e as quedas agora se dão por meio de sonhos que se findam em si mesmos, avulsos e iminentes. Invertendo papéis.
O mesmo consumo que antes me fazia querer fugir, hoje é também impulso para continuar insistindo. Insistindo em continuar a desistir. Desistir das perdas pela metade, das escusas e dos planos temporários. É como se não dar o beliscão que interromperia o pesadelo fosse o que ainda lhe permite continuar respirando debaixo d’água, entende? Porque de uma forma ou de outra, embora muito pouco tenha saído do lugar, muita coisa mudou. Quem não se lembra de mim? A mentirosa auto-suficiente que pesava cem quilos de grilo e medo e vivia fugindo de si e dos outros para tentar de alguma maneira, abdicar tudo o que eu já não podia mais controlar e que com um certo esforço contrário acabava se fundindo no tempo e consequentemente me corroendo por dentro. E você, a presunção em pessoa que se dividia em pedaços pra corrigir as nossas tentativas mal feitas que usávamos como escudos numa guerra de trincheiras contra nós mesmos, fazendo da dor suprema ousadia em hora extra, simulando fantasias que escorregavam, garis da decadência.
E ainda que seja difícil para ti entender, eu não quero alguém que me complete. Eu quero alguém que seja a minha própria continuação. Do avesso.