fogo por fogo

Eu sempre tentei ser mais sonora do que o meu próprio silêncio pra não sucumbir na tristeza que é ser sozinha. Entende? Só que a gente só cresce quando assume a responsabilidade de ser quem a gente realmente é. E eu continuo aqui cheia de defeitos. Às vezes me deixo arrastar por entre essas brevidades de alguns intervalos em que eu paro pra olhar com menos susto o quão assustador isso tudo ainda me soa. Como se eu pudesse assim, me manter na superfície disso tudo. Como se eu ainda pudesse deixar os limites todos claros outra vez. Como se o tempo ainda esperasse pra ser tempo. E não cura, não bálsamo, não espera ou desculpa. Só tempo (..) Então eu abro a janela, o olho, a alma e o coração pra ver se essa tristeza vira verão e faz sol aqui também...