lusco-fusco

(...) Então a gente esboça um sorriso no peito. Tira a lama das veias. Ajeita a carga nos ombros e aceita a luta. Porque é preciso colocar os pés na estrada, e dessa vez, eu vou estar bem por mim mesma.

feliz ano velho

Então é isso. Uns dias ainda. Uns dias mais pra se chegar ao fim da estrada (...) Será mesmo? O tempo sempre foi esse fio de alta tensão. A minha desculpa pras falhas. O meu redimir praquilo que não se pode mais pedir perdão. E confesso que este ano quase me rendi à sua imobilidade. E as consequências impiedosas de um amor imprudente. Foi preciso por vezes, ser mais vertical do que o meu próprio equilíbrio permitia. E lutar, resistir, contra todas essas possibilidades que abrem infinitas suspeitas por dentro e desajustam tudo... E cá estou mais um ano seguido, com o coração no lugar, desejando que este caminhar seja assim sempre leve. Mesmo que insano. Mesmo que desmedido. E que os calendários cheguem sempre assim, despretensiosos...