um pouco de tudo

Melhor renunciar provisoriamente (...) É que às vezes eu confundo certas gotas com mar e não encontro ancoradouro pros meus naufrágios. Você diz “tanto faz” e eu entendo “tudo- ou-nada”. Então me dou ao luxo de afundar até o lodo do sentimento. Porque nós quebramos todas as regras, meu bem. Eu vi você gangorrando com a vida e quis brincar, mas eu não sei jogar o teu jogo e é o brinquedo que brinca comigo. E eu me equilibro desajeitadamente sobre a linha tênue que separa a vaidade da inconsequência (...) É que a gente se conheceu no enredo errado, entende? E a nossa história se encerra em si. Se desmancha em linhas assim como aquelas malhas que por causa de um único fio solto se desfazem toda. E por isso escrevo. Porque o nó é o nosso ponto fraco. E agora as duas partes da verdade se sobrepõem. E eu me entrego à dualidade dos fatos e me pergunto como é que cabem dois momentos no mesmo instante?
Nós quebramos todas as regras (...)
É que eu pensei que amar era também armar-se, entende?

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