Pareço uma
principiante. Meus dedos se movem hesitantes sobre as teclas e se deparam com
uma vastidão descorada que me encara desafiadora. As palavras parecem me
provocar: insinuam-se num jogo cego e interminável de vigilância e renúncia. E
me cegam (justamente por) no instante momento em que me abrem os olhos. E me
manipulam pra dizer as coisas que me escapam quando o verbo se esgota. E me
perscrutam com aquela velha perícia letal de quem nada deixa desaperceber...
Sempre tão ambivalentes e –ainda assim- fatídicas.
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