robôs que sangram

A ultima palavra. E ainda assim eu procurei qualquer desculpa mais convincente, mesmo com tantos motivos e evasivas para não imergir no abismo intocável de rastros malfeitos que é o meu coração encharcado de bile e desassombro nenhum.. E então eu me escondo debaixo da mesa para comer as migalhas invalidadas que discretamente me despencam ralo a baixo, com a mendicância e a ousadia e toda essa gula dessas rebarbas de desespero que me dá essa cólica que eu sinto em viver. E eu continuo tateando esse formigueiro no estômago com uma curiosidade quase infantil e desenfreada. Porque o meu orgulho é totalmente solúvel em raiva. E a minha raiva é totalmente anestésica a esses heróis antagônicos e a esses venenos que a gente consegue equilibrar com um pouquinho de dor. Com o padecimento e a concessão ainda que contrárias, de quem se espreguiça para morte. E que eu vomito para dentro de mim mesma com o refluxo e a indigência de quem revida a ressaca descarga abaixo só para poder expulsar o que é nosso para perto desse sopro estragado que jorra e me aviva querendo se vingar. Como se eu nunca tivesse sofrido ou usado essas cicatrizes antes como muletas para me municiar desse carrasco que é o mundo. E é só me distrair que quase escorrego no meu próprio sangue..

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