carnaval de cinzas

Sei lá. Talvez ainda seja cedo demais para dizer apesar de tudo, mesmo com tantos atrasos ainda para vir além de. Ainda reluto muito em aceitar determinadas coisas, outras prefiro esquecer ou pelo menos fingir que nunca fizeram parte de mim. Cansei de não extrair nada dos meus erros além da inútil vontade de sair mais cedo e voltar correndo para casa. Preciso reaprender a lidar com os meus subterfúgios, com essa vozinha claustrofóbica que insiste gritar dentro de mim toda vez que eu resolvo me calar... Saber que o que bate aqui dentro é coração e não um martelo... É que é tão mais fácil quando o inimigo não corre dentro de você... E eu fechei a porta para tantas escolhas. Não quero mais me arrepender. Rasguei seu rascunho de tudo o que eu trago camuflado no peito. De tudo o que eu não posso mais querer. E eu não quero mais me afastar. Cansei de viver tão longe e talvez nada disso valha mais a pena. Então eu me calo. Porque nem as folhas em branco me saciam mais. Até as palavras de mim, se envergonham (...)

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