flor-e-ser

A verdade é que eu nunca me pertenci. E vivo sem freios, tropeçando nas minhas próprias interrogações; carregando as suturas que escoram as bordas da consciência, o limiar dos sonhos (...) Eu: a desapaixonada à espera do amor. Eu: a esfomeada que vive fazendo regime. E vivo palavrerrando. Como se pegasse às vezes o cansaço do mundo pra poder distrair o meu próprio cansaço. Porque meu peito é um ringue a céu aberto, um relicário de picardias. Sou ao mesmo tempo brasas e brisas. Eu: coadjuvante de mim mesma; mil personagens desde pequena; sou o perfeito espetáculo a procura do palco...

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